sexta-feira, 4 de junho de 2010

FAB confirma morte de tripulantes do ultraleve encontrado em Três Forquilhas




Aparelho estava desaparecido desde ontem e foi localizado pela manhã

Atualizada às 13h13min

Carlos Wagner | carlos.wagner@zerohora.com.br

O casal que estava a bordo do ultraleve desaparecido desde a tarde de ontem, na região de Torres, foi encontrado morto no equipamento. A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou a informação.

Nesta manhã, o aparelho foi localizado por volta das 10h30min pela aeronave Bandeirante da Força Aérea Brasileira (FAB). O ultraleve estava a 20 quilômetros a Oeste da cidade de Torres, no Vale da Pedra Branca, na cidade de Três Forquilhas.

Para as buscas, que foram retomadas na manhã de hoje, a FAB disponibilizou um helicóptero UH-1H, do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, da Base Aérea de Santa Maria, e um avião Bandeirante, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação, da Base Aérea de Campo Grande (MS).

O ultraleve decolou às 12h45min de Canela para participar do 10° Encontro Nacional de Ultraleves, em Torres, de 3 a 6 de junho. Estariam a bordo Adalberto Padilha Silveira e Flávia Maria Dias Magalhães, do Mato Grosso, de acordo com o sargento do Salvaero Carlos Reynald. O alerta de socorro foi feito por volta das 14h15min do dia 3 de junho. O avião teria sofrido "perda da potência do motor".

ZERO HORA
Os dois corpos dos tripulantes do ultraleve avançado Conquest, o piloto, Adalberto Padilha Silveira, e Flávia Capistrano Dias Magalhães, ambos de Mato Grosso, foram localizados dentro da aeronave, no Interior do Rio Grande do Sul.

A informação foi confirmada pela equipe da Força Aérea Brasileira (FAB), conforme informações do Jornal de Gramado.

O ultraleve, que estava desaparecido entre a serra e o litoral Norte do Estado, foi localizado por volta das 10h30 desta sexta-feira (4).

O avião de pequeno porte estava 20 quilômetros a Oeste da cidade de Torres, em Três Forquilhas, no Morro Aratório. A Aeronáutica havia engajado duas aeronaves para auxiliar nas buscas do ultraleve que participava do 10ª Encontro Nacional de Ultraleves em Torres.

O sinal de socorro foi emitido pelo ultraleve de prefixo Pucep (modelo Inpaer Conquest Excel), por volta das 14h15 de quinta-feira.

Adalberto Padilha Silveira, e Flávia Capistrano Dias Magalhães participaram em 2008 do 8º Encontro Nacional de Ultraleves, em Bonito (MS), em um modelo Conquest 180. E, ontem, eles participariam do 10º Encontro Nacional de Ultraleves em Torres.

O empresário Silveira é proprietario de uma escola de ensino superior a distância em Cuiabá.

Segundo o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar de Canela, o último contato foi um pedido de socorro próximo ao município de Itati. No contato, informaram que estaria ocorrendo um problema no motor e iriam voltar para o Aeródromo de Canelas. Antes da decolagem, a aeronave já tinha apresentado problemas mecânicos, e as condições meteorológicas eram consideradas desfavoráveis.

Tempo ruim

De acordo com o Jornal de Gramado, as condições climáticas desfavoráveis desestimularam o advogado Aloisio Petroniu Marques, 43, de seguir de avião até Torres na manhã quinta-feira. No entanto, Adalberto Padilha Silveira, 49, optou por fazer o vôo em direção ao litoral, acompanhado da namorada Flávia Capistrano Dias Magalhães.

Aloisio, que é de Bragança Paulista (SP), conheceu Adalberto na tarde de quarta-feira, quando aterrisou no aeródromo de Canela. Eles haviam se comunicado durante o vôo e Adalberto chegou 15 minutos antes. "Ele me ajudou a guardar e amarrar a aeronave na pista", afirmou Aloisio.

À noite, os dois casais foram num café colonial e combinaram de seguirem juntos para Torres na manhã de quinta-feira. "Como o tempo não estava bom e minha namorada queria ir para a Região dos Vinhedos, decidimos ficar. Mandei uma mensagem dizendo que ficaríamos em Canela e desejei boa viagem", afirmou o advogado.

Quando estava saindo de Canelas em direção aos Vinhedos, Aloisio e Cláudia viram a aeronave de Adalberto decolando. Segundo o piloto paulista, Adalberto comentou que, na primeira parada para reabastecimento, em Umuarama (PR), havia percebido que o consumo de combustível estava alto. "Ele detectou um problema na injeção do combustível. Ele consertou e de lá para cá não percebeu mais problemas", afirmou Aloisio.

Ontem a noite, quando retornou a Canela, se surpreendeu com a notícia do desaparecimento da aeronave. Hoje, Aloisio seguirá de carro até Torres, por prudência. "Não dá para arriscar um vôo com esse tempo", comentou. Aloisio é piloto há dois anos e meio.

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