quarta-feira, 28 de maio de 2008

Padre Voador Parte 2

PARTE 2

Como um garoto que fala do brinquedo novo para um colega, o padre Albino Dziadzio, 63 anos de idade e 33 de sacerdócio, se empolga ao apresentar o projeto Borboleta Branca 2 (BB-2). O ultraleve é resultado de um minucioso trabalho de 12 anos divididos entre um modesto salão paroquial em Guarapuava e um hangar emprestado no aeroclube de Ponta Grossa. A aeronave, que custou o equivalente a um carro popular, está pronta para os primeiros testes. Para o padre, que sonhava com aviação desde a infância carente na zona rural de Palmeira, nos Campos Gerais, ver o ultraleve pronto é mais gratificante que voar. “Posso dizer que já realizei meu sonho”, diz.
Antes dos testes de pista, onde se verifica a capacidade moto-propulsora do avião, é preciso fazer alguns ajustes mecânicos. O padre aviador conta com a assessoria do instrutor de vôo Jorge de Almeida. “O avião tem uma boa estrutura e condições para voar, mas precisamos fazer os testes de pista para ver como funcionam a aerodinâmica e a moto-propulsora”, explica Almeida.
O ultraleve foi construído após duas tentativas de aeronaves que não tiveram condições técnicas de alçar vôo. Ele foi batizado de Borboleta Branca pelo tamanho de suas asas e pela lentidão que se espera no ar. Tem 530 quilos, 11 metros entre as duas extremidades das asas, 6,70 metros de comprimento, motor de um veículo Santana 1.8 com capacidade para 40 litros de gasolina e potência de 90 cavalos. O padre usou um motor Volkswagen baseado num avião fabricado pelo mecânico Ludwig Michel, em 1970, no Rio Grande do Sul.








Padre Voador Parte 1
O padre Adelir de Carli mobilizou dois navios da
Marinha, um avião da Força Aérea Brasileira, um helicóptero da Polícia Militar de Santa Catarina, além de embarcações e aeronaves particulares. Para o comandante da delegacia da Capitania dos Portos, responsável pelas buscas, é uma corrida contra o tempo.
“Quanto mais vai passando o tempo, maior vai sendo a área de busca e mais difícil se torna encontrar o padre, principalmente com vida”, declarou Lopes Vianna, comandante da Capitania dos Portos de Santa Catarina.
A aventura do padre Adelir começou no início da tarde de domingo, em Paranaguá, no litoral paranaense. Uma multidão acompanhou a missa rezada pelo padre antes da viagem. Chovia, mas ele resolveu partir assim mesmo.
“Não é teimosia voar com essa chuva, porque eu vou subir acima dela, depois de 10 minutos ultrapasso ela e vou voar sempre em tempo bom”, explicou o padre.
Eram 13h, quando ele subiu levado por mil balões de gás coloridos. Pretendia bater o recorde de ficar 20 horas no ar.
O plano era sair de Paranaguá e ir em direção ao oeste do Paraná. Descer em Cascavel ou em Maringá, mas o vento levou os balões para o litoral norte de Santa Catarina. Padre Adelir caiu no mar, a 22 quilômetros de São Francisco do Sul. Percorreu 120 quilômetros antes de desaparecer.
Os problemas começaram logo depois da saída. Por telefone, ele pediu ajuda. “Graças a Deus estou bem de saúde, consciência tranqüila, tá muito frio aqui em cima, mas tá tudo bem. Eu preciso entrar em contato com o pessoal para que eles me ensinem a operar esse GPS aqui para dar as coordenadas de latitude e longitude que é a única forma que alguém por terra possa saber onde eu estou. O celular via satélite fica saindo fora da área e, além do mais, a bateria está enfraquecendo”.
O último contato foi feito no domingo às 20h45. Ele ligou do celular e pediu socorro ao grupo de patrulhamento aéreo da Polícia Militar de Santa Catarina. Ainda durante a ligação, ele caiu no mar.
Segundo a Marinha, as condições do tempo eram muito ruins, com ventos de 65 km/h e ondas de seis a nove metros. “As últimas palavras dele foram as seguintes: ‘Por favor, venham me socorrer, me mandem resgate’. Foram essas as últimas palavras dele”, contou Carlos Henrique Coelho, capitão da PM (SC).







Padre Voador Parte Zero

No dia 8 de Agosto de 1709, na sala dos embaixadores da Casa da Índia, diante de D. João V, da Rainha, do Núncio Apostólico, Cardeal Conti (depois papa Inocêncio XIII), do Corpo Diplomático e demais membros da corte, Gusmão fez elevar a uns 4 metros de altura um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo " fogo material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada". Com receio que pegasse fogo aos cortinados, dois criados destruíram o balão, mas a experiência tinha sido coroada de êxito e impressionado vivamente a Coroa.
As experiências sucederam-se com balões de muito maior envergadura e, finalmente, embora não haja provas irrefutáveis sobre o facto, consta que um balão, enorme, provavelmente voado pelo próprio Gusmão, foi lançado na praça de armas do castelo de S. Jorge e depois de percorrer 1 km veio a cair no Terreiro do Paço.
Após esta experiência, por razões inexplicadas, começa uma outra vida de Bartolomeu de Gusmão. Excepcionalmente douto, versado em filologia e falando fluentemente outras línguas, vão abundar os seus trabalhos literários(sem esquecer os trabalhos de cariz científico), bem como se tornaram notados os seus sermões. É feito Fidalgo-Capelão da Casa Real, em 1722. Contudo, as intrigas da corte fá-lo-iam cair em desgraça, tendo-lhe valido os jesuítas quando a Inquisição já o perseguia. Levam-no para Espanha, em 1724, onde morre indigente e com nome falso, no hospital da Misericórdia de Toledo, a 19 de Novembro.

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