sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Tragédia em IMC

Duas pessoas morreram na queda da aeronave de prefixo PT RKS, na noite de quarta-feira, 23, em Leopoldo de Bulhões, a 55 km de Goiânia. O impacto foi tão forte que provocou a desintegração do monomotor, que afundou a parte dianteira no solo. As vítimas foram o advogado Luiz Francisco Caetano Lima, 39, que viajava como passageiro, e o piloto Carlos Alberto Alves Junior, 21, que era estudante de Ciências Aeronáuticas. Os velórios e sepultamentos ocorreram ainda ontem no Cemitério Jardim das Palmeiras.O avião monomotor Corisco Turbo, fabricado pela Embraer na década de 1980, caiu por volta das 21h30, na Fazenda Trio de Ouro, às margens da GO-330, na altura do quilômetro 28. Caseiro da propriedade, Djalma Santos de Melo, 43, disse que ouviu um barulho muito forte quando a aeronave se chocou com o chão. “Ela fez um rasante em cima da minha casa. O barulho foi terrível. Caiu a poucos metros de onde moro com minha esposa e um filho”, revela. Djalma informou que chovia muito na hora do acidente e que, depois do barulho, foi ao local para ver o que era. “O dono da fazenda, Rafael Faria, que é médico, correu ao local para tentar prestar socorro a alguma vítima. Iluminei a área com os faróis do trator, mas ele constatou que não havia sobreviventes”, contou.

O avião fazia o trajeto Brasília- Goiânia quando entrou na área do acidente, onde as condições meteorológicas eram desfavoráveis. O major Ricardo Gonçalves Lins, da Base Aérea de Anápolis, comandou as ações iniciais de levantamento de dados. Ele disse que, “com certeza, o mau tempo contribuiu para o acidente”.
O militar da Aeronáutica disse que, em acidentes aéreos, os fatos só são conhecidos ao fim da investigação e que os sinistros são resultados de sequências de falhas, humanas ou mecânicas. A Base Aérea de Anápolis deslocou oito homens para o local do acidente. O major Lins informou que um relatório será concluído em 30 dias. Os Bombeiros de Goiás também ajudaram no trabalho. Ao chegar no local, as equipes de resgate, busca e salvamento constataram as mortes e começaram a trabalhar na preservação do local do acidente, visando a perícia técnica que seria realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB).
O piloto Wagner Machado, que tem 30 anos de experiência, conhecia Carlos Alberto Alves Júnior. Segundo ele, um piloto mais experiente poderia ter evitado o acidente. “Conheço Carlos Alberto. Dei instrução de voo a ele. Tinha autorização para voar e o avião recebia a manutenção correta. A causa deve ter sido mau tempo. Monomotor não é avião para voar naquelas condições. Um piloto mais experiente teria voltado para Anápolis ou Brasília”, opinou.Técnicos do Instituto Médico Legal (IML) e duas equipes do Corpo de Bombeiros tiveram trabalho para resgatar os corpos das vítimas. O tenente-bombeiro José Xavier informou que destroços do avião se espalharam em um raio de 100 metros.

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