terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Voando com FOX 2

Tenho voado FOX 2 a um bom tempo,  e posso aqui fazer algumas considerações.
Quando saí do MXL cabinho, a diferença foi brutal, ainda  é, mesmo quando comparo com outros Ulm, equipados com um 582. 
Na inspeção pré-voo, sempre muito importante, claro, dou atenção especial à empenagem, pinos, cupilhas, cabos. Nas asas, raiz de montante, articulações dos ailerons, comando dos flaps etc.
Tampa dos tanques, principalmente se for usada a mangueira tipo "pescador", na saída do motor verifique os fios/terminais, não fica feio colocar uma fita isolante bem caprichada, melhor do que desconectar/apagar o motor numa região "boca braba", por bobagem.
Em pista de grama/saibro como é o caso da nossa, apesar da boa altura da hélice em relação ao chão, a  dica é ir completando a potência para evitar pedras,( que digam nossos amigos voadores de GT, MXL e suas redes protetoras).
A decolagem acontece tranquila, com uma tendência durante a corrida de ir para o lado direito da pista,  tão bonito quanto decolar curtinho é deixar correr a vontade e anotar uma subida de mais de 500 ft/min a 60 mph, nada mal para um 503! Ou quase 1000ft/min a 50 mph, você escolhe.
Já ouvi dizer que, se alguém achar um compensador de FOX 2 que funcione de verdade está mentindo, chego a pensar que é verdade, até dá uma aliviada, mas não da pra soltar o mache, acho que pode ser meus 93 kg no nariz do coitado. Outros fatores que podem influir nesse tipo de tendência são:  o tamanho do para-brisa, que quanto maior, para o conforto do piloto, acaba formando uma enorme cunha, empurrando o nariz para baixo, no caso desse meu, a colocação do motor para cima, mas sem usar o berço novo, recomendado pela fabrica, acabou deixando o motor mutio alto, com a hélice a mais de um palmo da posição dos FOX 2 antigos, que eram entregues pela Vector, isso gera um momento/torque que força a baixar o nariz também, então, fique a vontade pra corrigir esse "defeito", em caso de pane de profundor, pode ser complicado.
Rolagem boa, corrige bem rabanadas de vento nas aproximações.
Concepção boa essa dos FOX, creio que se ele fosse um "aviao", mantendo o exato desenho,  quatro lugares, feito em chapa, motor de  180 hp, trem de pouso tipo lamina, e etc...e tal, teria deixado seu nome na história ao lado de skyhawk's e cia.
Uma coisa notada ao longo de vários pousos, é a forte "vontade" que o aviãozinho tem de pousar com flap 2 dentes, não tem profundor que reverta! cuidado, nos dois FOX que tive, senti a mesma coisa, o ultraleve desce feito um helicoptero em autorotação, mesmo a umas 50 mph e a emplacada pode ser forte, não me sinto confortável em usar  3 dentes de flap.
Glissar sempre me agradou muito, e cheguei a escrever pra Starflght perguntado se o ultraleve aguentava bem, apesar da glissada não trazer CARGA pra estrutura, o ar que se choca com a lateral, todo turbilhonado, gera uma vibração extra na empenagem de aviões, quem dirá de ultraleves, ela treme mesmo, mas... tenho passado rasante, glissado, nariz um pouco em cima e motor, me sinto o Peter da Red Bull, a platéia gosta.
O pouso desses ultraleves é difícil de errar, mas pode-se quebar sim, é só facilitar.
Utraleves básicos não fazem o flare dos aviões, se tirar motor ele para, não tem muita inércia, esses são ultraleves ainda, portanto, dá pra vir com um motorzinho, pra ele entrar voando, imitando a flutuada dos aviões, essa "entrada" com motor evita aquele toque mais duro, se tiver pista, eu recomendo, trabalha-se o pouso e toca suave.
Eu disse antes que recomendo o pouso trabalhado, mas eu particularmente não o faço, minha técnica é chegar razoavelmente alto, não recomendo rampa longa com ultraleve, sempre chego com altura suficiente, pra que, se em caso de falta de motor eu chegue de qualquer jeito, certo que vou chegar, um dentinho de flap, capo o motor, nariz em baixo, 50, 55 mph, não faz muita diferença, a hora que arredonda-se, livra o nariz pra não cravar o ultraleve no chão, ele perde velocidade rapidamente e toca suave, até vou medir bem certo, mas já devo ter pousado e parado em uns 40m, muito curto mesmo, não me aconteceu ainda, nem quero, mas se tiver uma pane, tenho a impressão que é possível colocar o ultraleve ali, naquele ponto, sem essa de ficar flutuando. Venho, arredondo e pouso.

Bom, acho que é mais ou menos isso, decolamos e pousamos,
aberto a críticas,
sem mais para o momento,
subscrevo-me,
atenciosamente,
Márcio Menuzzo.

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